No Café S. Gonçalo, o café mais antigo de Amarante, cultura e gastronomia andam de mãos dadas. Um sítio de destaque pelo seu historial de atrair personalidades ligadas (principalmente) às artes, à cultura e à política, que se tornou quase um ponto de encontro para as novas gerações de artistas.
Aqui podemos desfrutar de um café ou de um bolo tradicional da região ao som de concertos ao vivo, palestras e debates, entre outras atividades que fazem com que o estabelecimento se orgulhe de ser dos que apresenta mais atividades no país.
A história deste café remete-nos para os anos 30, época em que o café era conhecido apenas como “Café B.A.R.”. Nesta altura, já existiam algumas personalidades de destaque que o escolhiam como ponto de encontro ou local de trabalho. Destacam-se Cruzeiro Seixas, João Vasconcelos, Mário Cesariny, Maria Eulália de Macedo, entre outros. No entanto, o único que ainda tem lugar marcado dentro do Café Bar é Teixeira de Pascoaes, pseudónimo literário do poeta, escritor e filósofo Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, amarantino de raiz. “De todos os ilustres, Teixeira de Pascoaes é o que tem um do maior reconhecimento”, conta Rodrigo Silva, ex-proprietário do café. Foi este o motivo que fomentou, em 2013, a construção de uma estátua para dar reconhecimento a este ilustre cliente. Rodrigo lembra que “era aqui que ele passava grande parte do seu tempo quando estava em Amarante e era aqui que se reunia com os seus colegas e amigos escritores”. Em 2015, a estátua fica pronta e é o pintor Cruzeiro Seixas que decide o local onde, ainda hoje, permanece sentado numa mesa com um bloco de notas e uma pena de escrita com um cimbalino à frente.
