AMARES | O homem que nasceu antes do tempo

António Joaquim Rodrigues Ribeiro, O “António de Amares”, teve uma vida curta, mas suficientemente longa para deixar a sua marca em todo o país. Barbeiro de profissão, artista de coração, Variações viveu muito antes do seu tempo e deixou um legado cultural e musical incalculável.

 

Nasceu em plena segunda Guerra Mundial, no dia 3 de dezembro de 1944. O seu nome pouco ou nada dirá, mas se falarmos de António Variações o caso muda completamente de figura.

O António de Amares viu a luz do dia no lugar de Pilar, na freguesia de Fiscal, muito próximo das Termas de Caldelas, localidade onde, de resto, teve o seu primeiro emprego, aos 11 anos, um ano antes de ter abandonado Amares e partido para Lisboa.

Filho de Deolinda e Jaime Ribeiro, lavradores, António tinha 11 irmãos e dividiu a sua infância entre a escola e o campo, auxiliando os pais. A primeira referência à música era o pai, que tocava acordeão e cavaquinho. A par disso, desde muito cedo revelou a sua paixão pela música no rancho folclórico local e nas romarias minhotas, onde a música é sempre um dos pontos mais altos.

Vítima de broncopneumonia, António Variações abandonou o seu corpo no dia de Santo António e está sepultado no cemitério da sua terra-natal. A sua memória e as suas músicas continuam por aí, a ser cantadas por toda a gente.