Sobranceiro ao Cávado, é daqui que o visitante obtém uma das mais belas panorâmicas da região. A velha ponte, Barcelinhos, jardins e um importante núcleo histórico compõem a paisagem que fazem do Museu Arqueológico de Barcelos ponto de visita obrigatório. E é aqui que se encontra o Cruzeiro associado à lenda do Galo de Barcelos.
Criado em 1920, o Museu Arqueológico de Barcelos tem a particularidade de ser um espaço de visita livre, facto que ajuda certamente a que qualquer visitante comece ou termine a sua visita à belíssima cidade por aqui. Esta particularidade tem a vantagem de atrair o visitante que, por norma, não paga para entrar para conhecer núcleos mais ligados à história, mas que acaba por ser atraído pela beleza do local. E acaba sempre por tirar sempre algum partido dos ensinamentos disponíveis.
Como se referiu, é neste espaço que está um cruzeiro medieval associado à lenda do Galo de Barcelos. Diz a narrativa que os barcelenses estavam amedrontados porque andava um assassino à solta e não se conseguia descobrir quem era. Um dia, por lá apareceu um galego, que foi logo considerado suspeito e aprisionado, apesar do homem se declarar inocente, dizendo-se apenas peregrino rumando a Santiago. Ninguém acreditou e o galego foi condenado à forca. Revoltado, nuestro hermano terá dito ao juiz que o sentenciou, apontando para galo assado que o homem da autoridade se preparava para comer: “É tão certo eu estar inocente, como é certo esse galo cantar quando me enforcarem.” Ora foi mesmo o que aconteceu! O galo assado levantou-se da mesa e cantou! E a população ainda foi a tempo de salvar o galego.