Desde o dia 7 de Julho de 2019 que o Bom Jesus de Braga é Património Mundial da Humanidade. Foi durante a 43ª sessão, em Baku, no Azerbaijão, que o Santuário do Bom Jesus do Monte passou a integrar a lista da UNESCO de ímpar relevância cultural e histórica.
Na verdade, apesar da distinção visar o Santuário, o Bom Jesus é muito mais do que isso. É todo um conjunto de infraestruturas, equipamentos, área ajardinada e de serviços que o tornam único no mundo. Um mérito (e um orgulho!) que é de todos os bracarenses e de todos os portugueses, mas que, em primeira instância, deve ir para D. Gaspar de Bragança, Arcebispo de Braga.
Foi D. Gaspar o responsável pelo início da construção da basílica (que substituía a mais modesta igreja existente, desde 1722, erguida por D. Rodrigo de Moura Teles), no primeiro dia de junho de 1784, tendo o edifício sido projetado pelo arquiteto Carlos Amarante. As obras concluíram-se em 1811.
Este santuário católico dedicado ao Senhor Bom Jesus constitui-se num conjunto arquitetónico-paisagístico integrado por uma igreja, um escadório onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, uma área de mata (Parque do Bom Jesus), alguns hotéis e um funicular (Elevador do Bom Jesus). Todos estes fatores reunidos tornam a área num dos destinos mais visitados do país, seja por motivos religiosos, de lazer ou até históricos, pois é crível que a primeira ocupação do espaço remonte aos primeiros anos do século XIV, quando alguém terá aí colocado uma cruz. De resto, existe documentação que comprova que em 1373 aí terá existido uma ermida que invocava Santa Cruz.
