No coração da cidade de Braga, um dos principais centros populacionais do nosso país, o que antes funcionava como uma pedreira dá hoje lugar a uma obra arquitetónica premiada. Falamos do Estádio Municipal de Braga, construído no âmbito do Euro 2004, construção que durou cerca de três anos.
Esta imponente construção foi idealizada pelo arquiteto português Eduardo Souta de Moura e pelo engenheiro Rui Furtado, tendo já arrecadado dois prémios a nível de arquitetura e engenharia. Apesar das mudanças significativas, a pedreira ainda é visível e muitos continuam a denominar o estádio pelo nome tradicional.
O processo de explosão e extração demorou cerca de ano e meio e partes da pedreira foram reaproveitadas na estrutura do novo estádio, conseguindo um equilíbrio perfeito entre a estrutura antiga e o novo estádio, mantendo vivo o espaço natural que envolve este local. A bancada designada de “poente” é suportada e apoiada pela antiga construção e a imagem da pedra é um dos focos mais visíveis deste edifício.
Este estádio foge ao habitual: tem apenas duas bancadas e, por baixo do relvado, existem dois pisos funcionais. Mas de facto, o aspeto mais marcante é o reaproveitamento da antiga pedreira que a muitos traz recordações e a outros o espanto. Esta obra arquitetónica e de engenharia civil foi já contemplada com o prémio Secil em 2004, relativo à categoria de arquitetura e, em 2005, na categoria de engenharia civil.