Inaugurado em 2013, o Museu da Memória Rural é criado com o intuito de preservar toda a memória transmontana e duriense. O espaço, localizado no concelho de Carrazeda de Ansiães, conta com uma exposição permanente vocacionada para os antigos ofícios, com esperança de os eternizar, tendo em conta que, infelizmente, com o passar do tempo, os profissionais e artesãos são cada vez menos ou nenhuns.
Na entrada do museu somos recebidos com uma introdução histórica do concelho, muito virado para a área vinícola. Aqui podemos observar, em painéis, o ciclo da vinha, em conjunto com uma série de objetos tradicionalmente utilizados pelos agricultores e produtores de vinho. No piso de baixo, o tema do vinho continua: aqui, é simulado um lagar. Podemos observar uma série fotográfica, de um profissional da região, que documenta todo este processo, desde a plantação à produção e distribuição. Esta é a primeira memória escolhida para dar entrada no museu.
Foi Cristiano Sousa, técnico de Turismo, que nos recebeu. Atenta que “o nosso intuito não é apenas expor as peças, mas também preservar a memória do património imaterial”. Já por este motivo, na parte superior do museu, estão expostos os ofícios tradicionais, como o sapateiro, tanoeiro, latoeiro, caseiro, entre outros, “porque todos estes ofícios faziam parte dos bens essenciais do modo de vida da lavoura de uma casa da época”, continua. Muitas das peças expostas foram doadas por artesãos, de que é caso a parte dedicada ao sapateiro, ao latoeiro e ao canastreiro. Outras peças, mais ligadas à agricultura, já se encontravam na posse da Câmara Municipal, aquando de uma recolha na década de 80.
