O Município de Celorico de Bastos inaugurou, a sete de Julho de 2001, uma biblioteca municipal no âmbito de enriquecer a cultura da região e dispor facilidades aos seus habitantes no que toca a trabalho de pesquisa e enriquecimento pessoal. É aqui que se estabelece uma ponte entre o município e o Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, dadas as suas ligações familiares e o carinho que sente pelo local. Marcelo esteve presente na inauguração da biblioteca e disponibilizou-se para doar algum equipamento à biblioteca que, por sua vez, em forma de gratidão, decidiu homenageá-lo com a renomeação da Biblioteca Municipal de Celorico de Bastos para Biblioteca Municipal Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa.
As raízes de Marcelo Rebelo de Sousa ao concelho advêm de uma ligação forte com a sua avó, que lá morava. De todos os netos, foi-nos dito que era ele quem tinha a maior ligação à vila e o que a visitava mais vezes. Como figura cultural, a presença na inauguração da biblioteca era um motivo de interesse. O surpreendente, quer para a biblioteca, quer para o município, foi a grande coleção que o Prof. Marcelo lhes disponibilizou e continua, até à data, a disponibilizar. Estes donativos foram em tamanha quantidade que o Município se viu na necessidade de criar um novo espaço, o Centro Documental, inaugurado em 2007, onde estão catalogados os documentos mais antigos enviados pelo professor. Isto inclui livros em várias línguas do século XVIII, XIX e XX, sobretudo obras de e para investigação e trabalhos universitários. Este espaço só está aberto exclusivamente para o fim de pesquisas e investigação. No entanto, não é apenas neste espaço que vemos a marca de Marcelo Rebelo de Sousa. Também no edifício principal da biblioteca podemos observar que grande parte – para não dizer a maioria – dos livros das estantes foi doada pelo professor e as obras encontram-se assinadas ou dedicadas a ele. Para além disso, desde que assumiu a presidência, tem enviado para este centro muitas peças que lhe são oferecidas, o que inclui quadros, fotografias, cerâmicas e medalhas. A crescente chegada de espólio criou um novo interesse em abrir um espaço onde fosse possível observar todos estes objetos e é assim que surge o auditório, onde podemos observar centenas de medalhas, arte africana colecionada por Marcelo e várias fotografias tiradas ao professor.