CINFÃES DO DOURO | Onde história e beleza se cruzam

A vila é um nunca mais acabar de ruas e ruelas, com muitos becos em escadaria íngreme para vencer o desnível da povoação, a fazer lembrar uma cascata de casario em pedra e madeira. Cenário de beleza e serenidade que quase faz esquecer que, por aqui, em tempos idos, brincou o menino que haveria de ser o fundador da pátria, Dom Afonso Henriques.

 

Em Cinfães do Douro, cada passo é uma página de história. Mas percorrer o centro histórico da vila pode ser igualmente um exercício de tranquilidade e de inspiração. O espaço é relativamente pequeno e concentrado, com o casario bem típico de casas de pedra emolduradas por madeira a distribuir-se pela colina, fazendo lembrar uma cascata.

Para vencer o desnível, partindo do arruamento central circular, os moradores foram construindo pequenas escadarias íngremes, a par de ruas, ruelas e calçadas estreitas que se vão perdendo de vista pela encosta, ficando sempre a sensação visual de muita cor das flores que, de verão e de inverno, vão serpenteando pelas bermas. Em suma, um panorama de rara beleza que faz de Cinfães do Douro uma referência obrigatória do Norte de Portugal.

De visita obrigatória também é a igreja matriz, o imponente templo barroco de São João Baptista, mesmo no centro, depois de uma elegante área ajardinada, onde se encontram, em lugar de destaque, duas peças esculturais: um carro de bois e o busto da mais ilustre figura cinfanense, Serpa Pinto, cujo museu também fica muito próximo do largo central. Do outro lado, merece um olhar mais demorado o portão da Quinta da Fervença, cujo brasão não passa despercebido.