Não há, em Portugal, castelo mais simbólico do que o de Guimarães. Representa a nacionalidade e, muito provavelmente, foi aqui que tudo começou, daí muitos apelidarem a cidade de “berço” do país. É, obviamente, monumento nacional e foi considerado, em 2007, como uma das 7 Maravilhas de Portugal
Qualquer vimaranense afirma que o seu castelo é o mais português de Portugal, com indisfarçável orgulho e bairrismo. Historicamente, tudo parece inclinado para lhes conferir razão, já que foi muito perto do local onde está erigido que se travou a decisiva batalha de São Mamede, que opôs o jovem D. Afonso Henriques à sua mãe, Dona Teresa. O filho venceu e isso contribuiu sobremaneira para a criação de um novo reino.
O castelo está, pois, intimamente ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas de independência do nosso país, deixando como legado, entre outros sentimentos, um forte orgulho aos seus atuais habitantes, que defendem a sua terra como poucos outros. Um exemplo de tal vaidade manifesta-se, por exemplo, com o principal clube de futebol do concelho, o Vitória. Mesmo quando, por um único ano, a coletividade desceu ao escalão secundário das provas nacionais, os seus adeptos continuaram a apoiar em grande número as suas cores e, ao contrário do que acontece nas restantes cidades portuguesas (à exceção de Porto e Lisboa), o Vitória é o seu primeiro e único clube.
