Visitar a Estação Arqueológica do Freixo é mergulhar pela história, pelo Império Romano, pela civilização castreja. Tongobriga, importante cidade do domínio romano, é cabeça de cartaz, mas há muito mais que ver e aprender na aldeia do Freixo.
Datará, ao que tudo indica, do século I a.C o povoado de Tongobriga, localizado na aldeia do Freixo, no Marco de Canaveses, cujas ruínas estão integradas numa área com cerca de 50 hectares. A melhor forma de a conhecer é marcar visita na Estação Arqueológica, que disponibiliza ao visitante três circuitos temáticos. As ruínas constituem o circuito tradicional. Aqui, é possível observar as ruínas pré-romanas e romanas de Tongobriga, mas, além dos núcleos principais (áreas residenciais castrejas e romanas, muralha, fórum, balneário pré-romano e termas romanas, necrópole), aconselha-se a visita ao Centro Interpretativo, que tem uma interessante exposição permanente intitulada “Mudar de Vida”, onde é possível apreciar as mudanças no modo de vida dos tongobricences, na sequência da integração da região no Império Romano.
Antes de se chamar Freixo, como sede de uma paróquia medieval com a invocação de Santa Maria, este lugar chamava-se Tongobriga, como o atesta um pequeno altar em granito dedicado ao Genio Tongobricense, isto é, aos deuses protetores de Tongobriga, encontrado no século XIX nas proximidades da igreja paroquial. O nome manteve-se em uso pelo menos até aos finais do século VI, já que, nessa época, designava uma “paróquia” sueva com o nome de Tongobria. Porém, essa é a última referência conhecida a esse nome. Já “briga” é um sufixo comum, que designa “colina fortificada”.