O que era dantes uma escola primária dá agora lugar ao Centro Interpretativo do Barco Rabelo, um espaço no concelho de Mesão Frio que visa homenagear as gentes ribeirinhas, assim como o barco rabelo, tal como o nome indica.
Esta exposição pretende mostrar aos visitantes parte da história da região e de um ofício muito típico dos seus habitantes, os Barqueiros, no trabalho de transporte do vinho do Porto. O espaço conta com três salas: a de exposição, uma lojinha de produtos regionais e uma sala de audiovisual.
À época, o trabalho dos Barqueiros não era fácil: o rio era mais agitado e violento do que o que vemos nos dias de hoje, os seus caudais eram diminutos e o transporte do vinho só era possível em épocas de inverno, entre novembro e março. A tripulação era constituída, por norma, por uma média de 8 a 12 homens e a capacidade de transporte do vinho era de 20 a 80 pipas. Falamos de viagens de uma durabilidade de sete a catorze dias, sob condições muito precárias. A extinção deste método deu-se no século XX, mais precisamente em 1960, e em nada esteve relacionada com a chegada dos caminhos-de-ferro ou rodovia, mas sim com a construção das barragens. O espaço dedica-se a preservar e a contar a história destas gentes, do tão típico barco e, em forma de homenagem, a fazer prevalecer toda esta parte da história do Douro.