Sendo hoje os Paços do Concelho, o Convento de São Francisco terá origem no século XV e o altar-mor e respetivas pinturas da igreja estão classificadas pelo Instituto Português do Património Arquitetónico e Arqueológico. A igreja, posterior, foi fundada em 1617, com origem na esmola dada pelo cabido da Sé de Miranda a dois franciscanos.
De acordo com documentos existentes, em 1618, existiam já nove religiosos e irmãos leigos, mas só em 1620 se terão iniciado as obras de construção do convento, a expensas de D. Luís Álvares de Távora. As obras prolongaram-se por quase todo o século e apenas em 1682 a estrutura do cenóbio ficou concluída.
O edifício ostenta claras influências do modelo das igrejas jesuítas: o templo de São Francisco desenvolve-se em planta de cruz latina com três naves, capela-mor e sacristia. A fachada de gosto maneirista destaca-se pela verticalidade dos volumes e pela erudição da traça. Presume-se que a construção da Igreja seja posterior à construção do convento, com origem no século XV. O seu altar-mor e as respetivas pinturas executadas por Lopes Matos, pela sua importância, estão também classificados. O altar da capela-mor apoia-se em dois pedestais de granito e apresenta, no lado direito, o retábulo de São Boaventura. O alto das pilastras exibe representações de mochos, elementos heráldicos da família Távora.
Este convento está, hoje, muito desvirtuado da sua traça original, uma vez que sofreu várias reconstruções, em virtude de dois incêndios que o destruíram.