Situada a seis quilómetros a Norte de Paços de Ferreira, com acesso por estradas municipais, é possível encontrar um Povoado Fortificado que se integra na II Idade do Ferro, na Romanização e reocupação medieval. Falamos da Citânia de Sanfins, uma das estações arqueológicas mais significativas da cultura castreja no Noroeste peninsular e da Proto-história europeia.
Ocupando uma colina com extensa plataforma central, aparece integrada no perímetro de montanhas de meia altitude, com afloramentos de granito, a Citânia de Sanfins encontra-se numa zona estratégica e determinante para a sua implantação e desenvolvimento, conferindo-lhe uma posição de lugar central no quadro da rede de povoamento regional.
Este local histórico torna-se interesse no campo arqueológico desde muito cedo, e as escavações começam em 1944, por Eugénio Jalhay e com a colaboração de Afonso do Paço de Almeida. Desde 1977 estas escavações estão na mão de Armando Coelho Ferreira da Silva e Rui Manuel Sobral Centeno, professores de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Em 2013, Armando Coelho Ferreira da Silva escreve, num artigo sobre este tema, que “a zona escavada apresenta um forte sistema defensivo, de várias ordens de muralhas, que envolve uma área superior a 15 hectares e uma apreciável organização proto-urbana de estrutura regular com arruamentos ortogonais e mais de centena e meia de construções de planta circular e quadrangular”.