PAREDES DE COURA | A Casa Grande de Romarigães

Tem nome de título de livro, porque, na verdade, assim intitulou Aquilino Ribeiro uma das suas mais conhecidas publicações. Mas o imóvel, considerado de interesse público, estará para sempre ligado à história nacional, porque aqui viveu o escritor quando casou com a neta do antigo Presidente da República, Bernardino Machado, que também aqui viveu.

 

É uma das referências maiores de Paredes de Coura. Não apenas pelo seu aspeto exterior, imponente, de características solarengas, do melhor que o Minho tem, acompanhada pela sua capela, mas sobretudo por toda a história que encerra dentro das suas portas.
O facto de, no início do século, ter servido de moradia ao escritor Aquilino Ribeiro, indiscutivelmente um dos maiores vultos da literatura portuguesa de sempre, é marcante. Como se não bastasse, o autor publica, em 1957, um dos seus mais conhecidos romances, ao qual dá o título da casa, “A Casa Grande de Romarigães”, projetando-a, para sempre, no incontornável desígnio nacional.

A vinda de Aquilino, que é beirão, para o Minho tem a ver com o seu casamento, o segundo, com Jerónima Dantas, uma das netas de Bernardino Machado, que foi presidente da República por duas vezes (foi o terceiro e o oitavo soberano português), que ali também teve habitação. Fixando ali residência, o escritor procede a obras de melhoramento e de restauro da casa e da capela, nos anos 50 e 60 do século passado.