PAREDES DE COURA | O Festival dos festivais

Se Vilar de Mouros é o berço dos grandes eventos de música moderna em Portugal, Paredes de Coura é, sem dúvida, o mais genuíno, o mais entusiástico, o mais espetacular. Para quem toca e para quem assiste. Esta “brincadeira” de um grupo de rapazes que começou em 1993, tornou-se numa das referências mundiais da música. O resto é “tanga”.

 

Aqui, Brad Pitt esteve quase (ou terá mesmo ficado?) a ficar sem namorada. Aqui, um Primeiro-Ministro veio recrutar o seu Ministro da Educação. Aqui tocaram os Sex Pistols. Enfim, aqui, em Paredes de Coura, acontece aquilo que é muito mais do que um festival de música e que é mesmo difícil de descrever em palavras.

Para saber o que é realmente o Festival (daqui para a frente grafado com “f” maiúsculo, que é o mínimo que podemos fazer em sinal de reverência), não há como vivenciá-lo. E o melhor é fazê-lo de mochila às costas e montar tenda no recinto. Ou então pernoitar no mítico quarto 308, que Vincent Gallo imortalizou, em 2005 (se não percebe a referência, pesquise, que encontra a resposta).

Foi em 1993 que um grupo de rapazes de Coura teve a ideia. Um grupo de amigos composto por caras que, hoje, são bem conhecidas do grande público. Um deles, por exemplo, é o antigo Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. Outro, só para citar alguns, é Vítor Paulo Pereira, que foi reeleito presidente da Câmara local com cerca de 70 por cento dos votos. Há 30 anos, todos muita malucos, mas com um propósito firme: o de colocar “o concelho parente pobre do Alto Minho” no mapa. E não apenas no mapa minhoto. No mapa mundial. E, com o caraças!, foram bem-sucedidos.