O Rio Douro marca o Norte de Portugal, seja pelas maravilhosas paisagens que proporciona, seja pelas vantagens que traz à produção agrícola e, sobretudo, vinhateira. No sentido de enaltecer este património tão nosso, no Peso da Régua, podemos visitar o Museu do Douro, onde estão representados os principais fatores que levaram a que este local se transformasse numa das mais importantes áreas da produção de vinho no mundo.
Este é o local por excelência de acolhimento e representação da memória, cultura e identidade da região vinhateira, património da humanidade.
Inserido num edifício de grande valor patrimonial, fundado por Marquês de Pombal, no século XVIII, que regulamentava e organizava a produção de vinho do Porto, a Antiga Casa da Companhia Velha e, conjugando tradição e modernidade, o Museu do Douro é um polo dinâmico e integrado de ação cultural, onde se encontra uma área de exposições, centro nevrálgico do próprio edifício, o Restaurante “A Companhia”, o Arquivo de Biblioteca, a sala de leitura e o Wine Bar com vista para o rio Douro.
Foi concebido como um museu de território, polivalente e polinuclear, vocacionado para reunir, conservar, identificar e divulgar o vastíssimo património museológico e documental disperso pela região, constituindo um instrumento ao serviço do desenvolvimento sociocultural da Região Demarcada do Douro.
Somos recebidos, à entrada, por um barco rabelo restaurado. Trata-se de uma embarcação marcante que navegou pelas águas do Douro, barcos que faziam as notas de transporte do vinho até às caves. No museu podemos, também, ver vídeos de arquivo que mostram os rabelos em ação, evidenciando o quão perigoso e difícil estas viagens eram. Quanto à exposição, existe um espaço permanece dedicado à história da região do Douro de forma completa e abrangente, que está dividida em dois andares. No primeiro piso voltamos ao tempo romano onde possivelmente já se produzia vinho nesta área. Passamos à fase da Ordem de Cister até à atualidade, com a construção de barragens e produção em quintas com vinhas centenárias e socalcos com mais de 400 anos. Existe, ainda, uma área dividida pelas estações do ano, para um contexto mais pormenorizado do ciclo da vinha e das transformações mais marcantes da paisagem do Alto Douro, ilustrado por vídeos, fotografias e exemplos de instrumentos.