VIMIOSO | Trasgos, os duendes mais portugueses

Lembra-se do goblin do Senhor dos Anéis? Aquele ser de pequena estatura, bem travesso e que, acima de tudo, queria um determinado anel? E do Leprechaun, o minúsculo e maldisposto duende do folclore irlandês? Pois bem: em Portugal, temos o trasgo, um diabrete da tradição ibérica e que, afirmam os mais velhos, já andou (ou ainda andará?) por terras de Vimioso…

 

É o próprio Abade de Baçal (Francisco Manuel Alves), arqueólogo e historiador nascido em Bragança, em 1865, que relata a curiosa e misteriosa história do “Moinho dos Trasgos”, uma construção que se encontra, hoje, em ruínas, junto ao ribeiro de Piaduros, no termo de Caçarelhos.

Segundo a lenda, este moinho terá sido abandonado pelo moleiro quando, numa noite em que estava a assar ao lume um naco de carne, lhe apareceu um trasgo a assar aquilo que supostamente seria uma espetada de lagartixas. Perante tão inusitada visita, o homem apressou-se a sair do moinho para onde não mais terá voltado.