Um pouco das aventuras históricas de Portugal e Espanha está concentrado no interior da fortaleza. Valença é uma memória viva de dois anos de peripécias, conquistas, derrotas e reconquistas. Mas é também, há muitos anos, um local de peregrinação de migrantes, de cruzamento de culturas e de comércio, a que nem a abertura da autoestrada conseguiu retirar protagonismo.
Faz parte do imaginário de todos os nortenhos a deslocação a Tuy para comprar caramelos (e não só), com paragem obrigatória na belíssima cidadela de Valença, onde sempre existiu muita cor e animação. Não havia excursão que não se detivesse, nem que por trinta minutos fosse, na histórica vila portuguesa.
Os motivos eram vários e todos eles atrativos: fazer compras, passear por entre o interior da fortaleza, deambulando nas ruas e ruelas de Valença, onde se comia, se conversava em duas línguas e onde era e é possível usufruir das mais belas vistas sobre o rio Minho, que faz fronteira entre os dois países da península. Também o casario e as construções militares ajudam a compor uma aguarela de rara beleza, mas, sobretudo, de vital importância para a cultura nacional.